BRASIL
- O ministro Teori
Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou para o juiz Sérgio Moro, da
primeira instância da Justiça Federal em Curitiba, trecho
da delação premiada do senador Delcídio do
Amaral (sem partido-MS) em que relata suposto pagamento de
propina envolvendo a Petrobras durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Em
depoimentos da Operação Lava Jato, o senador contou sobre a aquisição de uma
máquina da empresa Alstom para a Refinaria Landulfo Alves, na Bahia. O
equipamento, disse, já havia apresentado defeitos em outros países e a
construtora OAS manifestou
interesse em comprá-lo.
Na
ocasião, contou Delcídio, um ex-diretor da construtora, Carlos Laranjeira,
teria falado uma propina entre US$ 9 milhões e 10 milhões
"possivelmente" para políticos ligados ao PFL da Bahia, atual DEM.
O pedido para enviar o caso a Moro, que julga os processos da Lava Jato na primeira instância, foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. "Faz-se necessário averiguar até que ponto as declarações do colaborador encontram eco nas evidências angariadas no Caso Lava Jato", escreveu ele no pedido.
O pedido para enviar o caso a Moro, que julga os processos da Lava Jato na primeira instância, foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. "Faz-se necessário averiguar até que ponto as declarações do colaborador encontram eco nas evidências angariadas no Caso Lava Jato", escreveu ele no pedido.
Relator
da Lava Jato no STF, Teori Zavascki atendeu ao pedido por verificar que não há
menção, no caso, a autoridades com o chamado foro privilegiado, como ministros
e parlamentares.
O que diz FHC
A assessoria de Fernando Henrique Cardoso disse que ele nunca tomou conhecimento desses fatos enquanto era presidente. Ele espera que tudo seja esclarecido e que todas as denúncias sejam investigadas.
Fonte:
globo.com