MANAUS - A atual Administração iniciou, em
2013, com uma dívida consolida de R$ 378.498.710,25. Terminado o exercício de
2015, a dívida consolidada passou ao valor de R$ 1.073.820.217,75, ou seja, um
aumento de 183% (cento e oitenta e três por cento).
Ainda que o volume da dívida esteja dentro
dos limites legais, chama a atenção, além do próprio aumento, a inexistência de
grandes obras na cidade iniciadas pelo atual prefeito, já que as grandes obras
exaltadas na atual Administração foram iniciadas na gestão anterior e,
portanto, já estão contidas na dívida consolidada apurada ao final do ano de
2012. Entre estas obras, as principais são a Ponta Negra e o Mercado Municipal
Adolpho Lisboa. Assim sendo, resta a pergunta: O QUE FOI FEITO COM OS RECURSOS
DESSES EMPRÉSTIMOS?
Os financiamentos internos e externos são
alternativas interessantes para viabilizar recursos, sobretudo para obras de
grande impacto social. No entanto, inevitavelmente, eles comprometem as
finanças municipais no médio e longo prazo. Sendo assim, este comprometimento
de receitas futuras, imprescindivelmente, deve equilibrar-se com as grandes
obras para o desenvolvimento da cidade.
Recentemente, os meios de comunicação da
cidade têm noticiado que a Prefeitura irá fazer um novo empréstimo
internacional no valor de 150 milhões de dólares, valor que convertido para
reais poderá chegar aos R$ 600 milhões.
O que causa preocupação com essa operação,
além de aumentar anda mais o endividamento dos cofres municipais, é que não se
sabe o que será feito com este novo empréstimo. Não há no Portal de
Transparência da Prefeitura qualquer informação sobre projetos que serão
desenvolvidos com estes recursos.
Assim sendo, o desconhecimento do que foi
feito com os recursos que aumentaram a dívida consolida em R$ 695.321.507,50
soma-se à dúvida preocupante do que será feito com esses R$ 600 milhões, num
momento em que a situação econômica do país exige que tenhamos um prefeito
capaz de enfrentar os problemas da cidade com a boa vontade e a habilidade de
governar bem, sem afundar as contas públicas em dívidas infindáveis.
Marcelo Ramos pré candidato a Prefeito de Manaus